A única forma de se manter uma relação entre um homem e uma mulher é a três. É necessário um terceiro elemento entre eles para que essa relação se sustente. Ou seja, é preciso que o homem respeite os movimentos da mulher, que ele entenda que ela tem uma dimensão “enigmática” que ele não dá conta. E caso ele tente dar, tentando controlá-la ou preenchê-la não vai dar certo. Ou vai perdê-la ou ela vai ficar doente.
Porém, só um homem advertido e elaborado (e não um menino grande) é capaz de compreender que a mulher pode ter os seus movimentos sem que ele se sinta ameaçado a cada vez.
Isso também se refere a mulher que também precisa compreender os movimentos do homem, não sufocando e controlando-o da mesma forma.
Quando essa relação é pautada nesse terceiro elemento que fica entre os dois, impedindo que a relação fique dual, “dois em um”, ambos podem com-viver, mas tendo suas vidas singulares.
E é justamente porque se sentem livres que podem escolher estar um com o outro não por forçamento, por necessidade ou qualquer outro motivo, mas sim pelo desejo de estar junto.
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